...Dançar está no
imaginário de todos, crianças e adultos... a dança é acessível para corpos
de qualquer biótipo, idade e classe social...
Keila Nascimento
A Escola de Ballet do SESI apresenta, nos dias 11
e 12 de dezembro, às 19h30, no Teatro Deodoro, o espetáculo “O mundo
encantado da Caralâmpia, onde as estrelas brilham mais intensamente e os
sonhos são vividos em castelos de fadas aonde a dança e a alegria de viver,
misturam-se com o desejo do encantamento nunca desaparecer e, ser feliz para
sempre...”, é neste contexto que o corpo de baile da academia de ballet SESI,
encerra o ano de 2013.
O espetáculo está dividido em dos atos com mais de 10 cenas cada, o tema deste ano, escolhido pela bailarina e coreógrafa Noemi Loureiro, que está à frente da academia há sete anos foi o mundo encantado da Caralâmpia, personagem interpretada por Márcia Mariah, que apresenta o programa infantil na TV Educativa de Alagoas com o mesmo nome e que também é aluna da escola.
O espetáculo está dividido em dos atos com mais de 10 cenas cada, o tema deste ano, escolhido pela bailarina e coreógrafa Noemi Loureiro, que está à frente da academia há sete anos foi o mundo encantado da Caralâmpia, personagem interpretada por Márcia Mariah, que apresenta o programa infantil na TV Educativa de Alagoas com o mesmo nome e que também é aluna da escola.
“O ato
da dança está no imaginário de todos, crianças e adultos, por isso todos os
temas escolhidos, nestes 07 anos em que estou à frente da academia, sempre
trabalhei com este limiar que remete a magia e o encanto, tanto pra quem
dança, quanto para quem assiste, pois dançar mexe com a emoção de ambos,
disse Noemi. Nos últimos anos procurei enfocar temas regionais que deixe uma
mensagem de transformação pessoal e da força que as pessoas têm quando querem
algo de verdade. Digo isso, por que tenho muitos exemplos desta força no próprio
corpo de baile que compõe esta academia, o personagem de Márcia visa resgatar
o imaginário infantil de outrora, que está se perdendo cada dia mais cedo,
foi por esse contexto que resolvi abraçar o projeto de Márcia e fazer uma
homenagem a personagem Caralâmpia.”
A Escola de Ballet SESI de alagoas tem como
premissa, proporcionar que a dança seja acessível para corpos de qualquer biótipo,
procurando sempre favorecer o desejo de realizar o sonho de dançar,
independente da classe social ou idade. Esse na verdade é o grande motivo,
pelo qual a diretora continua acreditando na força da dança e do ballet. Com
essa visão ela abriu oportunidades para turmas especiais, como o ballet para
adultos, “onde pessoas que sempre sonharam em dançar, e por uma série de
razões não puderem quando mais jovens”, falou Noemi.
A escola tem alunas como Maria das Graças da
Silva, 60 anos, advogada aposentada, que disse: “somente agora, depois da
aposentadoria, encontrei tempo para realizar um sonho de criança. Estava
procurando uma atividade física para praticar, que me proporcionasse uma
melhor qualidade de vida. E como sempre gostei de dançar, encontrei no ballet
uma atividade que gosto e que trabalha corpo e mente, pois exige concentração
e disciplina, além de achar lindo. Gostei tanto que convidei minha irmã e
minha filha. Para mim, participar do espetáculo está sendo um desafio, espero
superar a expectativa da professora Noemi que teve a coragem de confiar uma
cena do espetáculo a nossa turma, fala por mim, que sou a mais experiente, em
idade, da turma.”
Outro exemplo da acessibilidade da academia é a
aluna Mariluzia dos Santos que como Graça também sempre teve vontade de
dançar ballet. “somente agora aos 39 anos e uns pesinhos a mais tive oportunidade.
Sou estudante de dança do primeiro anos do Ufal, onde tive meu primeiro
contato com o ballet clássico, perguntei a professora se poderia ingressar na
academia de ballet e como a resposta foi afirmativa abracei o sonho, com
certo receio no início, por acreditar que não tinha um biótipo de bailarina,
mais pensei por que não tentar. Entrei na turma de adultos e senti que podia
continuar e isso esta me fazendo muito bem, realizar um sonhe eleva a
auto-estima, concluiu a aluna.
O corpo de baile é formado com mais de 70
pessoas, entre crianças, jovens e adultos, muitos subindo ao palco pela
primeira vez, outros retornando após mais de 30 anos longe da dança e das
apresentações públicas. “Montar um espetáculo com essa diversidade de alunos
é um desafio,” comentou Noemi, os figurinos são pensados de acordo
com a proposta do tema, onde tenho que articular tudo, música, coreografia e
figurino que se adapte a esse grupo tão diverso, esse ano tem até gestante em
cena. O intuito é favorecer e destacar a técnica e as expressões de quem
dança. Não é o brilho ou o glamour da roupa. Emocionar quem assiste é a
tônica. O público é livre a interpretações, porém, o objetivo sempre é, e
será emocionar quem assiste e quem dança, reforçou a diretora.
Este ano o espetáculo está cheio de emoção dentro
e fora do palco, disse a aluna Sueli Jardim que retorna ao ballet após anos
longe da dança. Para mim “dançar é uma lição de vida, onde se aprende a ter
persistência, equilíbrio, paciência, concentração, parceria e acima de tudo
emoção, foi isso que aprendi com o ballet e trouxe para minha vida pessoal.
Subir ao palco, após trinta e dois anos é retornar toda essa bagagem, é
transformar sentimento em expressão corporal. Encontrar o ponto certo de
equilíbrio da alma; é sair da vida estressante e sedentária, preenche-la com
emoção. Um reencontro com algo que estava guardado, adormecido, uma nova
proposta de vida, momento de avaliação, de fazer novos amigos, renovar,
comemorar a vida. Enfim compreender que independente da idade posso voltar a
DANÇAR. Fiz ballet quando jovens, num tempo onde só existiam duas escolas de
ballet em Maceió, hoje existem muitas, com outras técnicas, tantas meninas e
meninos cheios de talento com maiores oportunidades. É gratificante voltar a
fazer parte deste universo,” concluiu Sueli.
Programação:
Dia 10/12, às
9h Ensaio Geral
Estréia – Dia
11/12 às 19h30
2ª
apresentação – Dia 12/12 às 19h30
Apoio Cultural: Instituto Zumbi dos Palmares – Sistema
de Comunicação Pública de Alagoas
Escola de Ballet SESI – 17 anos promovendo inclusão
social a arte de dançar ballet. Há 07 anos sob a direção de Noemi Loureiro -
Graduada em Educação Física pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL),
Iniciou sua vivência em Ballet Clássico no ano de 1974, em Maceió, foi integrante do Ballet Íris de Alagoas desde
a concepção até sua extinção. Atualmente é Diretora da Escola de Ballet
SESI-AL e Coordenadora do Curso de Licenciatura em Dança da UFAL
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